Igrejas e Capelas

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Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo

A origem da Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo remete ao século XVII. A história confunde-se facilmente com a da região em que se insere.

Segundo a tradição, o lugar de Porto Salvo foi construído pelos tripulantes de uma nau da Índia, na altura dos Descobrimentos Portugueses. No meio de um fortíssimo temporal, prometeram à Virgem que, caso se salvassem, edificariam uma ermida no primeiro alto que vissem em terra. Assim aconteceu, a sorte protegeu-os e a devoção a Nossa Senhora de Porto Salvo não parou de aumentar. Desde aí, todos os navios que chegavam à barra do Tejo disparavam uma salva de vinte e um tiros em honra daquela invocação. Um costume que se manteve até ao século passado, mas que entretanto se perdeu.

Além desta explicação para a origem de Porto Salvo, existe uma outra, relacionada também com os marinheiros portugueses mas muito mais verosímil. Ao que parece, este cume em que se eleva a actual freguesia serviu ao longo dos séculos como ponto de orientação para os barcos que arribavam à costa portuguesa. Daí o nome de Porto Salvo que acabou por ficar.

A tal capela consagrada a Nossa Senhora do Porto Salvo, que diz o povo ter sido construída por aqueles heróicos homens, é o monumento mais significativo desta freguesia.

A capela começou a ser erguida em 1670, devido ao incremento de romarias e peregrinações à pequena ermida. Organizou-se então, nessa década, a irmandade tal como a conhecemos, que foi inicialmente formada por um juiz, uma juíza, um escrivão, um tesoureiro, dois procuradores, doze mordomos e dez mordomas, tendo eles pago as despesas com o seu próprio dinheiro.

Arruinada pelo tempo, foi reconstruída no século XVIII. O conjunto de azulejaria é composto por dois painéis que se encontram na fachada e por outros dois que revestem o interior da nave até meia altura. Datam de 1740 e são da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes. Os painéis que se encontram na fachada ladeiam a porta, debaixo do alpendre e representam dois milagres da Senhora de Porto Salvo.

Na nave encontram-se dois outros painéis representando cenas da vida da Virgem, formando de cada lado um painel único. O do lado do evangelho, o esquerdo, vai da parede fundeira até ao púlpito, num total de 24 azulejos. O lado da epístola, o direito, termina na silharia de uma porta que, segundo a legenda, foi inutilizada em 1874.

Junto ao arco triunfal existe uma caixa de esmolas “rocaille” com uma pequena pintura de Nossa Senhora.

Com a instituição da Irmandade, confunde-se também a origem da grande festa de nossa Senhora de Porto Salvo, que durava dois dias, e era celebrada nos dias 25 e 26 de Julho de cada ano. A parte religiosa consistia em vésperas com terço, sermão e missa cantada sendo posteriormente a procissão. A parte pagã da festa consistia num grande arraial com muita animação.

Capela Nossa Senhora do Socorro – Leião

Leião, no século XIV, era um dos extremos norte do antigo reguengo de Oeiras.

A Capela de origem marca setecentista é consagrada a Nossa Senhora do Socorro, sendo a frontaria marcada pelo pórtico rústico, que merece ser observado com atenção. Quanto ao interior, reconstruções de duvidoso mérito, foram ao longo do tempo desvirtuando a sua singela traça.